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"A perda de um amor" PARTE II

Posted by Railton Da Silva in
Giro, surrupiando, delineadamente, esta vida monótona de um alguém que em meio aos gritos, turbulento das rosas, não cessa de gritar o nome, o único nome que tento tirar deste meu pobre e ardente ser.
Mais prazeroso seria, se não fosse obrigado a delinear os alvos rotineiros, trajetos contínuos, movimentos que trazem apenas, o confronto ditatorial deste condizente ser, que não se contenta com os fatos ocorridos e desesperadamente afoga seus sentimentos nas goladas imaturas de um conhaque.
Belas e ardentes raparigas a dançar num ambiente promiscuo, fumaça de cigarro predomina juntamente com as hilárias conversas de um grupo de marmanjos que numa mesa ao lado conversam.
Fico olhando, até que ponto cheguei, até onde desloquei a minha terminal, juvenil vida, sendo entregue ao contraditório pensamento, ação, julgados a muito tempo, podemos dizer atrás, mesquinho.
Pagar prazer, não me traz até os meus braços o amor que um dia foi meu, ou pelo menos julguei que fossem meus, mas nada posso fazer.
Amor de cabaré chega e se vai, no final de uma noite, não posso, nem devo mentir, esse tipo de amor é o menos miserável possível, pois não existe a tamanha sandice de ver constantemente, ou melhor, de mentir em relação aos sentimentos.
A luz fosca que o ambiente encandeia, permite que uma dançarina, bela meretriz, mostre ao publico seu corpo, onde aos poucos vai transitando de um palco ao arredores das mesas. Sinicamente alguns a puxa, sentando-a em seus colos, outros acariciam suas genitálias, outros alguns coloca dinheiro em sua calcinha.
- Um drink, por favor.
Das inúmeras formas pertinentes possíveis, não encontro outra solução, a não ser deitar com outra pessoa, mesmo que não seja pelo amor proveniente de dentro de mim, será pelo menos pelo prazer.
- Me acompanhe.
Diz a atraente morena, causadora de varias alucinógenas situações num homem febril de uma decepção meramente amorosa.
Um cubículo, com uma lâmpada verde, uma cama, se assim posso chamar de cama, na parede junto com algumas fotos de revistas coladas, uma televisão e um aparelho de DVD, onde ligeiro a bela meretriz, liga e coloca um filme pornô.
- Você pode tirar a roupa, que vou me lavar e já volto.
Abre uma porta que fica quase em frente à porta por onde entramos, pude assim perceber que se tratava de um banheiro. Literalmente não consigo compreender a longa busca desenfreada pelo prazer, que se trava no ser humano, mais tudo bem.
Deito, tiro a roupa e aguardo a meretriz que logo aparece em cena, ao abrir a porta quase que automaticamente apaga a luz do banheiro, e próximo a porta, um interruptor, ela aperta e apaga a luz verde que estava sobre os meus olhos.
Depois de algumas longas suadas horas, a frieza da morena, bela meretriz que seu nome ela mesmo se incumbiu em não me dizer, ascende um cigarro e friamente me pede o dinheiro combinado.
Assim me retiro do recinto, pequeno cubículo, onde por alguns instantes ao lado de uma mulher da vida, pude esquecer esse alguém que me acorrentou e de uma hora para outra deu um ponta pé em meus sentimentos, não os preparando antes para tal situação.
Mas, conforme a trajetória da vida, diariamente o sol vem abrilhantar as nossas vidas, nesta longa e sensível jornada rumo à felicidade, chegarei a minha sublime missão.
Continua...

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