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Leandro Gomes de Barros, o pai do cordel

Posted by Railton Da Silva in
| RAILTON TEIXEIRA
(Artigo publicado no Jornal Gazeta de Alagoas - 25/11/2010)

Em 19 de novembro de 1865 no então município de Pombal, na Paraíba, nascia o grande gênio da cultura popular, Leandro Gomes de Barros, que segundo Marco Haurélio, estudioso da literatura de cordel relata que: “Não é absurdo afirmar que este autor é o “pai da literatura de cordel brasileira”, já que explorou e deu forma a todos os gêneros e temas, preparando, assim, a estrada na qual os vates populares transitam ainda hoje”.

A existência deste autor que viveu no século 19 e enveredando pelo século 20 para a literatura de cordel foi sem sombras de dúvidas de extrema importância, uma vez que Leandro Gomes de Barros é considerado como o Carlos Drummond da literatura de cordel, que por meio do seu brilhantismo literário possibilita ainda hoje muitos autores as técnicas e métricas que criteriosamente temos nos mais variados estilos dos folhetins.

Com um legado de mais de mil folhetos de cordéis publicados, Leandro Gomes de Barros, foi o pioneiro na modalidade rimada do cordel, e foi o responsável pela difusão da literatura pelo Brasil, sendo considerado o maior editor da modalidade, antes mesmo de José Martins de Athayde, o poeta popular que nunca frequentou uma escola e aprendeu a ler e escrever sozinho.

Dentre as aproximadamente mil obras publicadas por Leandro, citamos algumas que ganhou destaque no cenário nacional que são: O cavalo que defecava dinheiro, História da Donzela Teodora, História do Boi Misterioso, Batalha de Oliveiros com Ferrabrás, Como Antônio Silvino Fez o Diabo Chocar e muitos outros clássicos da cultura popular.

Leandro Gomes de Barros em seu folheto Peleja de Manoel Riachão com o Diabo faz um auto retrato de sua pessoa, que segue assim: Os traços de Leandro Gomes de Barros / A cabeça, um tanto grande e bem redonda, / O nariz, afilado, um pouco grosso: / As orelhas não são muito pequenas, / Beiço fino e não tem quase pescoço. / Tem a fala um pouco fina, voz sem som, / Cor branca e altura regular, / Pouca barba, bigode fino e louro, / Cambaleia um tanto quanto no andar. / Olhos grandes, bem azuis, têm cor do mar: corpo mole, mas não é tipo esquisito / Tem pessoas que o acham muito feio, / Mas a mamãe, quando o viu, achou bonito!

Não poderia deixar passar em branco esta data tão especial para nós que fazemos a literatura de cordel, uma vez que esta mesma arte foi uma das responsáveis pela criação da identidade popular nordestina e que nomes como o de Leandro Gomes de Barros e de muitos outros foram e são responsáveis pela caracterização popular e que não deixam a arte esmorecer.

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Saiu edital para autores que queiram lançar livro na Bienal Internacional do Livro em Alagoas 2011

Posted by Railton Da Silva in

Autores que tiverem o interesse de lançar seus livros na Bienal do Livro 2011, que será realizada no mês de outubro, poderão participar através do cumprimento do edital. As inscrições dos trabalhos aconteceram no período de 31 de janeiro a 8 de abril.

Maiores informações consultem o edital.


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DIA DO CORDELISTA, DIA DE LEANDRO

Posted by Railton Da Silva in

Esta postagem me foi enviada por Marco Haurélio,
autor do blog CORDEL ATEMPORAL [marcohaurelio.blogspot.com]

19 de novembro de 1965. Nesse dia, veio ao mundo Leandro Gomes de Barros, o poeta mais lido da história do Brasil. No meu livro Breve História da Literatura de Cordel (Claridade), dediquei algumas páginas à vida e a obra do grande gênio da poesia popular brasileira:

“Para entendermos melhor o processo, precisamos retroceder às últimas décadas do século XIX, quando surgiu Leandro Gomes de Barros, nascido no sítio Melancia, então município de Pombal (PB), a 19 de novembro de 1865. Não é absurdo afirmar que este autor é o “pai da Literatura de Cordel brasileira”, já que explorou e deu forma a todos os gêneros e temas, preparando, assim, a estrada na qual os vates populares transitam ainda hoje.
Leandro migrou para a região do Teixeira, ainda na Paraíba, um dos berços da poesia popular do Nordeste. Aos 15 anos, mudou-se para as cidades pernambucanas de Vitória, Jaboatão e, finalmente, Recife, onde permaneceu até sua morte, ocorrida a 4 de março de 1918. Na capital pernambucana, ao lado dos confrades Francisco das Chagas Batista e Silvino Pirauá de Lima, Leandro ajudou a escrever algumas das mais belas páginas da história da cultura brasileira.

Com ele surgiu a figura do editor de Cordel que escrevia, publicava e distribuía a sua produção.

Nas raras horas de lazer que a lida da roça proporcionava, as pessoas se reuniam em torno de alguém que soubesse ler, e se deleitavam com os romances de Leandro: O cachorro dos mortos, Os sofrimentos de Alzira, Juvenal e o dragão, A força do amor, Peleja de Manoel Riachão com o Diabo,História da donzela Teodora, O boi misterioso. Estas e muitas outras obras já ultrapassaram com folga a casa dos milhões de exemplares vendidos, e são reeditadas há mais de cem anos, interruptamente. Nenhum poeta brasileiro o superou em número de leitores. Paradoxalmente, seu nome é pouco conhecido. Isto, em parte, pode ser atribuído às contrafações do editor João Martins de Athayde, paraibano de Ingá do Bacamarte, personagem de destaque na história do Cordel.”
(...)

(Págs. 20-21)

Fonte: Texto e Foto do Blog "Mundo Cordel"

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Ganhadores da campanha no Twitter

Posted by Railton Da Silva in

No último dia 12 de Novembro, foi realizado o sorteio para quem RT através do Twitter, houve uma grande participação da galera em geral, mas segue abaixo a relação dos ganhadores.

@sapo_aj

@GustavoMarinho_

@CafecomReggae

@ReggaerBoy

@vozativa01

Cada um ganhou três exemplares do cordel “O encontro de Michael Jackson com o cangaceiro Lampião”.

Os ganhadores tem de mandar um email para railtonteixeira@gmail.com contendo endereço e nomes para dedicatória.

Quem participou muito obrigado e quem não participou não faltara oportunidades.



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Tayra partiu para o Recanto das Letras Almadas

Posted by Railton Da Silva in

Com muito pesar recebi a noticia do falecimento de Tayra, no final da tarde desta terça-feira, 09.

Tayra, jovem de 24 anos, era produtora do Papel no Varal, movimento que revoluciona Alagoas a mais de um ano, projeto que é de iniciativa do Poeta Ricardo Cabus e que leva aos quatro cantos de Alagoas a autentica poesia de uma forma atraente e exposta em um varal.

O sepultamento será realizado no Cemitério Parque das Flores nesta quarta-feira, 10, às 13h.

Abaixo o poema que Tayra mais gostava:

A passagem
Lêdo Ivo

Que me deixem passar - eis o que peço
diante da porta ou diante do caminho.
E que ninguém me siga na passagem.
Não tenho companheiros de viagem
nem quero que ninguém fique ao meu lado.
Para passar, exijo estar sozinho,
somente de mim mesmo acompanhado.
Mas caso me proíbam de passar
por ser eu diferente ou indesejado
mesmo assim eu passarei.
Inventarei a porta e o caminho
e passarei sozinho.

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Adquira o seu exemplar do Cordel - O encontro de Michael Jackson com o cangaceiro Lampião

Posted by Railton Da Silva in


O encontro de Michael Jackson com o cangaceiro Lampião
Meus queridos leitores
Peço a vossa permissão
Para vos contar um causo
Que vi e guardei no coração
O encontro do Rei do pop
com o temido Lampião.

Esse causo procedeu
Em uma de minhas andaças
Por estas longas estradas
Andando sem esperança
Encontrei com esses caras
Imaginem a lambança.
...
Continua...

Na Próxima Sexta-Feira, dia 12 de novembro, sorteio de 15 Cordeis entre os que RT pelo Twitter está mensagem: Sorteio do cordel - O encontro de Michael Jackson com o cangaceiro Lampião, na próxima sexta dia 12, RT para ganhar

Siga o Poeta e Palhaço pelo Twitter @opoetaepalhaco

Quer saber como se procedeu este encontro entre o Rei do pop com o Rei do cangaço?
Por apenas R$ 4,00 (dois reais) já incluso o frete para todo o Brasil, você saberá como foi este encontro que valei-me, meu padim padrinho Ciço, foi dos diabos e ajudará a cultura popular a não morrer.
Maiores informações: (82) 9996-0734 ou pelo e-mail: railtonteixeira@gmail.com

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O respeito que foi responsável pelo sabor de cereja

Posted by Railton Da Silva in

Respeito a tua livre decisão

Seu puro sentimento de amizade

Fruto do carinho brotado no coração

Responsável pela real necessidade.

Respeito o seu desejo de ser apenas amiga

Mas acredito no seu humilde amor

Um sentimento que empurrei com a barriga

Responsável pela minha forte dor.

Respeito pois tem o livre arbítrio

De desejar quem quer que seja

Causador do forte e ardente delírio

Responsável por esta eterna peleja.

Admiro a sua inocência silenciosa

Livre de qualquer juízo de valor

Insiste beijo que ficou ociosa

Não permitido ao menos outro sabor

Eu querendo e não respeitando o teu amor.

[Não culpo nem culparei

quem quer que seja,

a culpa foi do sabor

do gosto do teu beijo

puro como cereja...]

Se eu um dia desejei e alcancei, outro tenho a certeza que não terei mais...

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